sábado, 30 de abril de 2011

O Poder de Orar - Stormie Omartian

Comecei a ler/rezar o livro “O Poder de Orar”, de Stormie Omartian, estou chocada, estou verdadeiramente emocionada porque o livro parece ter sido escrito para mim e especialmente direcionado a cada uma de minhas angústias, chorei em cada oração que li.
Compartilho com vocês alguns trechinhos e espero que gostem.

Senhor, sei que tu sempre me pedes para entregar tudo a ti – incluindo os sonhos do meu coração. E mesmo quando esse sonho vier de ti, tu ainda assim pedes que eu não me apegue a ele. Desse modo, entrego todos os meus sonhos a ti neste exato momento. Não quero apegar-me a algo que tu não vás abençoar, nem desistir de algo que seja a tua vontade para minha vida. (OMARTIAN, 2010, p. 18)

Senhor, clamo a ti pedindo libertação de qualquer coisa que me impeça de ser tudo aquilo que tu desejas que eu seja. Liberta-me de tudo que me separa de ti. Senhor, sei que, mesmo em meio ao que parece uma situação desesperadora, tu podes realizar a obra mais maravilhosa. Obrigada porque tu és um Deus de milagres. Peço que realize um milagre em minha vida hoje. (Ibidem, p. 29)

Pai santo, ajuda-me a entender, enquanto estou em oração e esperando a tua orientação, qual é o momento de agir. Ajuda-me a ser suficientemente sábia para reconhecer as respostas às minhas orações quando elas vem de maneiras pelas quais eu não estava esperando. Dá-me o conhecimento necessário da tua vontade que me faz saber quando é a hora de me levantar e dar um passo de fé. (Ibidem, p. 33)

Deus, ajuda-me a ter paciência de esperar em ti pelas respostas às minhas orações. Confesso que gostaria que todas as respostas surgissem agora, mas sei que o teu tempo é perfeito. Ajuda-me a entender as coisas que estão acontecendo em resposta às minhas orações e que não consigo compreender. Capacita-me a perceber cada passo do progresso que está sendo realizado. (Ibidem, p. 37)

Deus, entrego a ti as áreas da minha vida que são pesadas e desanimadoras. Não venho a ti para reclamar, mas para buscar ajuda. Peço perdão pelas vezes em que tentei lidar com a situação com minhas próprias forças, em vez de confiar em ti. Peço que tomes cada fardo do meu coração e me capacite a vencer toda situação desafiadora de minha vida. (Ibidem, p. 55)

Senhor, oro pedindo para perdoar qualquer pessoa que me tenha ferido. Capacita-me a perdoá-las tão completamente de modo que eu não hesite em orar para que sejam grandemente abençoadas. Liberta-me de qualquer amargura e ajuda-me a viver na liberdade de um coração perdoador, de modo que haja reconciliação completa entre nós. Não quero experimentar em minha vida as terríveis consequências da falta de perdão. (Ibidem, p. 57)

Obrigada, Senhor, por todas as coisas maravilhosas que fizeste por mim no passado, que fazes por mim hoje e que farás por mim no futuro. Afasta de mim o medo e o desânimo quando eu olhar para os desafios que se colocam à minha frente. Obrigada porque tu vais adiante de mim com um plano de batalha. Volto-me para ti em busca de orientação para receber tudo o que tens para mim. (Ibidem, p. 63)

Senhor, tu és grande e não há outro além de ti. Tu és meu refúgio seguro na tempestade. Ajuda-me a encontrar meu descanso em ti quando sais à batalha contra todos aqueles que se opõem a mim. Não importa se minhas lutas são com finanças, os relacionamentos, a saúde ou a obediência, pois sei que, por causa da tua presença em minha vida, jamais enfrentarei esses desafios sozinha. Dependo da tua força, não da minha. (Ibidem, p. 71)

Pai, peço que me ajudes a não me apressar e procurar resolver tudo sozinha, tentando fazer o que eu acho que é certo, em vez de te consultar sobre todas s coisas. Ajuda-me a não cair nas armadilhas que o inimigo lançou para mim ao me fazer esquecer de te consultar sobre todas as coisas – até mesmo aquelas com as quais acho que posso lidar sozinha. (Ibidem, p. 79)

Ajuda-me, Espírito Santo de Deus, a orar de acordo com a tua vontade. Fala ao meu coração enquanto leio a tua Palavra de modo que eu cresça em conhecimento. Capacita-me a orar em poder e de acordo com aquilo que te agrada. Obrigada pelos momentos em que orei pedindo algo e tu não me deste porque não teria sido bom. Posso entender isso agora e sou grata. (Ibidem, p. 89)

Deus, eu te agradeço porque sempre ouves as minhas orações. Dá-me paciência para esperar que as respostas cheguem do teu jeito e no teu tempo perfeito. Dá-me a paz de aceitar a tua resposta – ainda que ela seja um não. Ajuda-me a nunca pegar as questões em minhas mãos para tentar fazer com que aconteça algo que não seja da tua vontade. Confio que tu sabes o que é melhor para mim em todos os momentos. (Ibidem, p. 96)

Querido Senhor, confio em ti e aceito tuas respostas às minhas orações, mesmo quando a resposta não for aquela que eu gostaria. Ajuda-me a entender a tua vontade, especialmente quando as respostas às minhas orações não forem como eu esperava ou achava que deveriam ser. Sou grata a ti por saberes o que é melhor para mim e porque não permitirás que eu vá atrás daquilo que não devo buscar. (Ibidem, p. 100)

Querido Senhor, peço que me ajudes a ter uma fé forte que crê que tu farás grandes coisas em resposta às minhas orações. Tua Palavra fala de coisas magníficas e maravilhosas que fizeste pelas pessoas, e sei que és o mesmo hoje e no futuro, tal como eras no passado. Creio que tu também podes fazer coisas magníficas e miraculosas em resposta às minhas orações. (Ibidem, p. 113)

Querido Senhor, eu te agradeço porque tu ouves as minhas orações e respondes não em função da minha própria bondade, mas de acordo com a tua. Ajuda-me a não permitir que algo roube minha vontade de chegar à tua presença em oração – especialmente se isso ocorrer por eu achar que não mereço tua atenção e tuas bênçãos. Achego-me a ti apenas porque tu és cheio de graça e misericórdia. (Ibidem, p. 119)

O sonho X a carreira - Parte III

Nunca mais olhar para trás

Eu ainda estava em estado de graça pela experiência que vivi, mas quando voltei ao trabalho e encontrei todos novamente naquele clima de “salve-se quem puder”, comecei a sentir-me muito mal. Foi então que recebi um e-mail de uma colega de trabalho, com quem eu praticamente não havia tido contato, dizendo que Deus estava preparando a chegada do nosso bebê e que deveria ter fé, pois ele virá no momento certo. Ela ficou sabendo que eu desejo ter um bebê por uma amiga em comum, e sentiu que deveria contar-me seu testemunho.
Ela tinha acabado de ser mãe e contou que um pouco antes de ela descobrir que estava grávida, a nossa empresa passava por um momento bastante similar, ela também teve muitos medos, enfrentou uma gravidez de muito risco e hoje tem uma menininha lindíssima.
Trocamos várias mensagens e cada vez mais Deus falava comigo por meio de sua história, ela foi um verdadeiro instrumento. Ela fez menção aos Salmos que a inspiram: “Tu que estás sob a proteção do Altíssimo e moras à sombra do Onipotente, dize ao Senhor: ‘Meu refúgio, minha fortaleza, meu Deus, em quem confio’.” (Sl 91, 1-2) e “Cairão mil ao teu lado e dez mil à tua direita; mas nada te poderá atingir.” (Sl 91, 7). Foi a confirmação das palavras do padre de que devo concentrar minhas forças na chegada do nosso bebê.
Percebi que Deus já havia me dado milhões de provas de que me ouve e provê todas as minhas necessidades no momento certo, e era nisso que eu deveria me agarrar com todas as forças do meu ser e fortalecer minha fé. Como somos tolos, muitas vezes a resposta está tão clara e fazemos questão de não enxergar.
“Na tua presença, Senhor, estão os meus desejos todos, e a minha ansiedade não te é oculta.” (Sl 38, 9)
No dia 02/04/2010 fui à Catedral pedir que Deus me ajudasse a caminhar cada vez mais próxima do caminho que Ele traçou para mim, sem esmorecer ou perder as esperanças, sem me desconcertar todas as vezes que surgir um fato novo, eu não queria mais olhar para trás.
Enquanto eu estava pedindo que Deus me acalmasse meu coração, decidi aproveitar a oportunidade e me confessar. Falei sobre como, muitas vezes, sentia que minha fé era insuficiente para atravessar essa provação tão grande e sobre a ânsia pela chegada do nosso bebê.
Entre várias coisas, o padre disse que a fé é algo que vem de Deus, se sentimos essa necessidade é porque Deus já plantou a semente da fé em nosso coração, porém, devemos sempre clamar “Senhor, eu creio, mas aumenta minha fé”.
Quanto à luta interior que tenho travado para perdoar meu pai, o padre lembrou as palavras de São Paulo: “Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero” (Rm 7, 19). Demonstrou-me que aquele sentimento era inerente ao ser humano, mas que o perdão é divino e que eu deveria continuar pedindo a Deus essa cura.
O padre me aconselhou a conversar mais com Deus, compartilhando com Ele meus medos, minhas angústias e minhas fraquezas, como se faz com um verdadeiro amigo. Disse que temos que participar Deus de nossas vidas como uma pessoa de nosso estreito convívio, porque o crescimento espiritual é fruto de um íntimo diálogo com Deus.
Aconselhou-me novamente a ter mais paciência enquanto aguardo a chegada do nosso bebê, porque, muito antes de ser um projeto meu e de meu esposo, o nosso bebê é um projeto de Deus e que vai ser realizado no tempo que Ele reservou para tal, pois, certamente, esse período de espera e sofrimento faz parte do plano de Deus para nosso amadurecimento.
O padre citou a seguinte frase: “quando me sinto fraco, então é que sou forte” (II Co 12, 10), porque é nessa ora que Deus me ampara.
Saí da confissão com meu espírito muito mais leve. Mais tarde, conversando com o meu esposo sobre as palavras do padre, entendemos que se o planejamento da nossa gravidez não estivesse cercado de tantas tribulações, talvez não estivéssemos clamando tanto pela graça de Deus, de forma que o bebê seria um sonho idealizado apenas a dois, ao passo que diante do nosso sofrimento, estamos recorrendo a Deus para que Ele, em sua misericórdia, supra nossas fraquezas, isso nos faz verdadeiramente fortes. Nossa gravidez tem sido consagrada a Deus desde muito antes da concepção do nosso bebê, o que é, sem dúvida, uma grande benção.
Desse dia em diante tanto eu como meu esposo nunca mais olhamos para trás em relação a essa decisão.

O sonho X a carreira - Parte II

Uma experiência incrível do amor de Deus

No dia 20/01/2010 fui à catedral, sentei-me em frente à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e abri meu coração para Ela, contei para minha Mãezinha tudo que me angustiava, pedi que ela levasse a Jesus as minhas necessidades, como fez nas Bodas de Canaã, pedi que Maria fosse à frente abrindo todas as portas, rogasse por nossos empregos, intercedesse por nossa cura e pela libertação de todas as nossas gerações. Consagrei a Ela todo meu corpo e minha alma, assim como do meu esposo, para que tudo, cada célula, cada sentimento, seja preparado para a chegada do nosso bebê no momento que Deus reservou para esse milagre. Foi um momento muito especial, senti-me afagada pelo colo de Nossa Senhora, como se estivesse conversando com Ela, com a cabeça recostada sobre suas pernas.
Quando eu já estava me despedindo, um padre saiu da sacristia e veio em minha direção, olhando-me no fundo dos meus olhos e sorrindo, como se estivesse me esperando, lembrei que minha mãe havia me aconselhado a pedir orientação espiritual e quando vi que o padre foi para o confessionário, não pensei duas vezes...
Contei ao padre sobre meu desejo de engravidar e todas as minhas angústias. Por obra de Deus, esse padre é uma pessoa cheia do Espírito Santo, as palavras dele eram tão ungidas que eu me arrepiava e não continha o choro, foi incrível, e eu fiquei em estado de graça.
O padre aconselhou-me a acalmar meu coração e entregar minha vida completamente nas mãos do Senhor, porque um filho é um milagre de Deus, é graça imensa, é o amor do Pai abençoando o amor do casal e soprando vida sobre os frutos.
Disse que quando Deus criou o homem e a mulher ordenou que fossem fecundos e que se multiplicassem, é essa a missão da família, sendo assim, eu não tinha porque temer ao executar o projeto do Senhor para mim, em prestar um serviço à vida e ao amor, dons supremos de Deus.
Assegurou-me que Deus jamais desamparará minha família, ao contrário, um filho estabelecerá uma conexão ainda maior entre nós e Deus, porque o amor incondicional que a maternidade e a paternidade nos ensinam será a porta de entrada para muitos outros milagres, de tal sorte que se a porta do meu emprego se fechar, outra melhor se abrirá.
Eu contei-lhe que pela minha planilha de controle financeiro levaria mais de 3 anos para nos equilibrarmos financeiramente, e ainda com muito sacrifício. Então, o padre me sugeriu incluir nessa planilha uma 3ª pessoinha, que eu levarei talvez 4 anos para me recuperar financeiramente, mas que serei muito mais feliz e realizada.
Ressaltou que não posso pretender ser Deus na minha vida, querer me cercar de todas as garantias, prever todos os riscos, todos os próximos passos, pois viver, por si só, já é um risco. Disse que é preciso coragem e confiança na Providência Divina.
Lembrou-me que quando o anjo perguntou a Maria se ela aceitava engravidar, ela também sentiu medo, também se afligiu, viu-se diante de muitas incertezas, temeu terrivelmente pelo futuro dela e de seu filho, porém, disse apenas “sim”, e que era essa atitude que Deus estava esperando para operar em mim maravilhas. Isso não é irresponsabilidade, isso é fé!
Quando questionei sobre minha carreira, concursos etc., o padre disse que eu devo ter muito cuidado com o que a sociedade cobra de mim e oposição aquilo que minha fé me solicita, afinal, esse é o grande desafio do cristão no mundo. Perguntou se eu estaria disposta a me tornar uma pessoa extremamente bem sucedida e, por alguma razão, não viver a maternidade, porque fiz minhas próprias escolhas e elenquei minhas prioridades. 
Quando confessei que eu temia ser egoísta ou estar me enganando ao interpretar as respostas de Deus de acordo com os meus desejos, e, segundo o padre, eu deveria ter esse receio caso quisesse fazer algo errado e desejasse o aval de Deus para tal, ou pior, pretendesse responsabilizar a Deus pelas atitudes erradas que eu tomaria, o que não era o caso, já que meu desejo era de amor, de doação, de renúncias, de abdicar-se de si e de seus anseios particulares, em prol da família, e não um ato egoístico.
Afirmou que muitas pessoas enxergam um filho como um transtorno, algo que impedirá o casal de viajar, aproveitar a vida, ter sucesso, e que isso é um grande equívoco, porque reduzem o filho a um bichinho de estimação, primeiro conquistam casa, carro, carreira, e decidem ter um filho quase que para quebrar o tédio, num momento tal em que o filho já não interferirá na zona de conforto dos pais.
Disse que o filho é, na verdade, o início da família, o ponto mais sublime do casamento, o ápice da graça de Deus, que a família pode sim ser muito próspera, trabalhando e crescendo juntos, sempre em comunhão com o Pai, esse é o verdadeiro sentido de amor, um amor que nos resgata de nós mesmos, que nos torna seres humanos melhores e mais santos.
Por fim, o padre fez uma benção lindíssima e disse que colocará a chegada do nosso bebê em suas orações.
O padre fez menção a muitas outras coisas, e de forma muito mais rica do que eu transcrevi aqui, porém, eu estava tomada de uma emoção muito forte, fui inundada pelo Espírito Santo de tal maneira que em alguns momentos perdi os sentidos, era como se Deus estivesse me dizendo: “Filha amada, você precisou ficar frente a frente comigo e ouvir essas palavras de minha própria boca, cá estou eu, tenha fé, estou contigo, jamais vou te abandonar”.
Essa foi uma das experiências do amor de Deus mais incríveis que vivi.

O sonho X a carreira - Parte I

Decisão posta à prova

Finalmente, após muita reflexão e muita oração, decidimos pelo tratamento de infertilidade e continuávamos recebendo as confirmações de Deus, tanto que em 13/01/2010 eu estava assistindo, pela TV, à missa da Canção Nova, e no meio do sermão o Padre Roger Luís da Silva disse que muitas mulheres estavam clamando pela graça da maternidade, quando proclamou: “Deus está visitando teu lar, curando a infertilidade do teu esposo e abençoando a sua gravidez”. Eu tomei posse dessa graça! Porém, uma caminhada de fé se constrói passo a passo, e a nossa decisão foi posta à prova.
A época, eu já era formada há 4 anos, tinha um emprego bom e estável, porém, muitas incertezas pairavam sobre a nossa empresa, e previsões pessimistas perturbavam a todos. Assim, questionei-me se não deveria voltar a estudar para outros concursos. Quando compartilhei essa dúvida com meu esposo, percebi que ele ficou muito balançado. Ele disse que se as coisas não estavam bem no meu emprego, e diante de todos os nossos compromissos financeiros, eu tinha que me dedicar mais a minha carreira e batalhar por uma nova oportunidade que nos proporcionasse uma maior estabilidade financeira.
Eu sabia que aquela era a consideração mais racional, porém, meu coração, por inúmeros motivos, não se conformava com tal opção, afinal, era um projeto de longo prazo, anos de muita renúncia, e eu teria que estar muito motivada e comprometida para lutar até o fim sem esmorecer, mas como fazer isso se meu coração estava em outro lugar?
Não me sentia disposta a deixar de lado toda nossa vida, todos os nossos sonhos, o nosso bebê etc., para me dedicar única e exclusivamente a minha carreira, sem qualquer garantia de sucesso.
Seria extremamente complicado conciliar essa retomada aos estudos com meus dois empregos e os afazeres de dona de casa, vez que tais obrigações já me demandam tempo integral, temo que acabaria por preterir o meu casamento, o que ia à contramão de tudo que estava sonhando, eu queria viver a experiência da maternidade ao lado do meu esposo em toda sua intensidade, queria ver nosso amor frutificar.
Também temia que o tempo passasse rápido demais e, por algum motivo, eu viesse a não poder mais ser mãe, seja por um acidente, uma doença, ou pelo próprio relógio biológico. Sei que não importa quão bem sucedida eu me torne, mas jamais estaria completa sem o nosso filho, de forma que tinha plena convicção de que caso um anjo aparecesse diante de mim e me pedisse para optar entre o sucesso profissional e um filho, eu nem piscaria antes de dizer: “o nosso filho”.
No entanto, como tenho dito desde o começo, a responsabilidade dessa decisão é muito pesada, realmente não sonho em ser uma pessoa rica, mas me preocupo em poder oferecer um ensino de qualidade aos meus filhos, um bom plano de saúde, segurança, uma situação financeira equilibrada e sem dívidas... e aí jaz o meu calcanhar de Aquiles, já que, em virtude da compra do nosso apartamento, os compromissos financeiros começarão a amenizar somente a partir de 2012.
É claro que não perdi nenhum minuto de vista todas as respostas que Deus vinha me dando a essas dúvidas, mas tinha medo que eu as estivesse interpretando da forma como mais me convinha, atendendo ao imenso desejo do meu coração, tinha medo dessa ansiedade estar distorcendo o real sentido das coisas.
O meu esposo concluiu que se o meu coração dizia com tanta intensidade que era o momento de termos nosso bebê e se isso me faria tão feliz, então, era essa a resposta de Deus, mas eu ainda precisava refletir mais, decidi continuar colocando em oração, pedindo a Deus que nos ajudasse a interpretar com mais sabedoria, que os dons do Espírito Santo descessem sobre nós para que tivéssemos o discernimento necessário para enxergar quais são os desígnios de Deus para nós.